As revelações das atividades de vigilância realizadas pela NSA fizeram com que o governo de Obama tentasse desesperadamente conter uma situação que parece estar fugindo rapidamente de seu controle. Manchetes rotulando Snowden de traidor estão sendo espalhadas pelos meios de comunicação britânicos e americanos, mas isso não impediu a enxurrada de perguntas que a NSA e o governo em geral precisarão responder.

Grandes empresas de tecnologia apanhadas com as mãos na jarra do PRISM

Talvez o aspecto mais preocupante do caso PRISM seja a alegada cumplicidade de tantos nomes familiares da Internet, incluindo Facebook, Twitter, Google, Microsoft e Apple. Depois de inicialmente emitir comunicados de relações públicas transmitindo mensagens de perplexidade e choque, muitos mudaram de posição e confessaram que realmente entregaram os dados à agência de espionagem. Por mais de uma década, despejamos nossas informações pessoais em sistemas de internet e, apesar da indignação generalizada, apagar nossos perfis online em protesto parece quase impensável. Viver sem a capacidade de fazer perguntas ao Google ou interagir nas redes sociais será, para muitos, visto como um destino pior do que a vigilância constante. 

Edward Snowden continuou a defender sua posição em seu novo refúgio em Hong Kong. Em um chat ao vivo com os leitores do Guardian, ele explicou pontos-chave sobre até onde se estendem os poderes da NSA e por que esperou até agora para divulgar suas informações na esperança de que a reeleição de Obama trouxesse uma mudança na política. Enquanto os líderes do governo ficam cada vez mais irritados e em pânico com a denúncia, ele parece notavelmente calmo e seguro em suas convicções. 

Enquanto isso, no Reino Unido

O equivalente britânico da NSA, o GCHQ , está enfrentando um período igualmente desconfortável no centro das atenções após as descobertas de que os documentos vazados incluem relatórios contundentes sobre suas atividades durante o G20. Até o momento, as acusações referem-se exclusivamente à espionagem internacional em reuniões supostamente diplomáticas, em oposição à vigilância civil. Ainda assim, talvez seja apenas uma questão de tempo até que um delator britânico apareça para aumentar a indignação do público. 

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