A Microsoft se opõe a um pedido do governo dos EUA que forçaria a empresas de tecnologia a entregar o e-mail de um cliente armazenado em um data center da Irlanda, o mais recente desafio tecnológico de solicitações de informações federais após as divulgações de Snowden.

A empresa disse em um processo judicial tornado público na segunda-feira que a ordem judicial para entregar e-mails armazenados em um data center em Dublin, Irlanda "violaria a lei e os tratados internacionais e reduziria a proteção da privacidade de todos no planeta".

O argumento da Microsoft é parcialmente baseado na premissa de que a Quarta Emenda exige que o governo especifique o local a ser revistado. Como o e-mail é armazenado na Irlanda, disse a Microsoft, o governo dos EUA estaria violando a “integridade territorial de nações soberanas”.

A capacidade do governo dos EUA de varrer e-mails armazenados em data centers no exterior prejudicaria os negócios da Microsoft, disse a empresa, assim como outras empresas americanas.

Os promotores federais argumentaram em fevereiro que um tribunal pode ordenar que as empresas liberem registros, independentemente de onde os registros estejam armazenados. Em abril , um juiz concordou, dizendo que a busca por informações digitais ocorre quando a informação é exposta a uma possível observação humana, “como quando aparece em uma tela”, em vez de quando é copiada pelo disco rígido.

O mais recente desafio da Microsoft veio na semana passada e foi relatado pela primeira vez ontem pelo New York Times.

Empresas de tecnologia como a Microsoft começaram a resistir aos esforços do governo para obter seus dados. O Google está instalando um cabo de fibra ótica sob os oceanos do mundo que permitiria proteger melhor os dados de seus clientes e também criptografando mais informações, e as empresas estão construindo centros de dados no exterior.

A Forrester Research estimou que o potencial de vendas perdidas para as empresas de tecnologia dos EUA no exterior prejudicadas pelas revelações de Snowden pode chegar a US $ 180 bilhões, ou 25% da receita da indústria.

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