Gracian imaginou que teria chegado a hora em que os muçulmanos desencadeariam uma perseguição mais violenta aos cristãos e levaram a imagem para fins sacrílegos. Baseado em outras perseguições brutais contra o povo, resolveu matar a mulher e a filha, para livrá-las da selvageria dos invasores, sem antes pedir às duas que se encomendassem a Deus e à Virgem Maria. Ramires pressionado pela situação de desespero e inconformado com o desaparecimento da imagem da Mãe de Deus, com outros fiéis, pôs-se a vasculhar todos os recantos onde alguém a poderia ter escondido. Confiando na mesma Senhora, excelsa, amável e poderosa, a cada passo renovava a intenção de proclamá-la rainha da Espanha se a encontrasse. Depois de muita procura encontraram a imagem no meio de uma plantação de “atochas” que em português significa “esparto” – gramínea medicinal e também muito utilizada no fabrico de cestas, esteiras e cordas. Encontrar a imagem provocou grande alegria no pessoal da região que foi se aglomerando em volta. Quiseram recolocá-la no altar da igreja de onde saiu, mas não houve como nem quem pudesse removê-la daquele lugar. Entenderam então que Maria desejava ficar no mesmo “atochal” e fosse construída uma nova igreja.