A Rússia está supostamente preparando ataques cibernéticos disruptivos que podem ter como alvo as indústrias de energia e financeiras dos EUA em retaliação às sanções feitas contra o Kremlin por sua invasão da Ucrânia.

Relatórios sugerem que o FBI alertou cinco empresas de energia em meados de março que suas redes estavam sendo escaneadas por computadores usando endereços de internet russos. A China também foi recentemente acusada de ciberatacar alvos militares e nucleares da Ucrânia dias antes da invasão da Rússia.

Estamos prestes a ser arrastados para uma guerra cibernética?

A Rússia atacou impiedosamente os EUA e outros países no passado, à luz da SolarWinds e do hack Colonial Pipeline, provando ser um centro de crimes cibernéticos e uma ameaça para os EUA.

Glen S. Gerstell, consultor sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) e ex-conselheiro geral da Agência de Segurança Nacional, diz:

“Muitas pessoas nos EUA acreditam que um ataque cibernético com efeitos destrutivos no mundo real é o mesmo que um ataque com mísseis ou uma bomba e seria visto como um ato de guerra.”

Uma guerra cibernética em massa poderia desencadear retaliações caóticas sem um objetivo estratégico e poderia potencialmente escalar para uma ação militar física dos EUA. Gerstell também falou sobre o quão vulnerável o setor privado estaria em uma guerra cibernética, que depende de software com bugs para se proteger.

Em vez disso, Gerstell propõe uma solução de segurança cibernética obrigatória para todas as empresas, depois de criticar os EUA por “desviar a responsabilidade cibernética ao enxertá-la em agências governamentais, tornando cada agência responsável por sua área”.

Tudo, desde estradas até abastecimento de água, hospitais e serviços de telefonia celular, depende de sistemas online que podem ser destruídos por um ataque cibernético. Mas parece que algumas pessoas nos EUA já estão se preparando para uma emergência de guerra cibernética.

“31% das pessoas nos EUA têm geradores instalados e alimentos e água armazenados”.

Perguntamos a 1.022 pessoas nos EUA se elas estavam preocupadas com a ameaça da guerra cibernética e 93% admitiram que tinham preocupações de que um país estrangeiro pudesse usar a guerra cibernética contra os EUA. E suas preocupações também têm algum fundamento.

“Mesmo em tempos de paz, vimos esforços conjuntos da Rússia, China e outros para interferir nos processos democráticos dos EUA e de outros aliados.”

Estamos preparados para uma guerra cibernética?

De acordo com nossa pesquisa, apenas 19% dos americanos se sentem 100% confiantes na capacidade do governo de protegê-los – embora os EUA tenham sido classificados como o país mais seguro cibernético.

Aqueles que não têm fé na proteção do governo começaram a resolver o problema com as próprias mãos. Enquanto 65% não estão se preparando para uma guerra cibernética, cerca de 35% dos americanos já começaram a tomar medidas:

Para a maioria dos americanos, parece que a vida pode continuar enquanto eles tiverem um smartphone funcionando e acesso online ao seu dinheiro. Mais do que perder o acesso à internet, o maior medo dos americanos é perder o acesso às finanças e ao serviço de telefonia celular.

Mas isso não quer dizer que aqueles que não se preparam também não tenham um medo profundo de perder os serviços de que mais precisam. A dificuldade vem de não saber como se preparar para tal evento.

No entanto, temos certeza de que, embora não possamos parar de perder acesso temporário à Internet, à rede elétrica ou a serviços financeiros, podemos preparar nossas informações pessoais para não perdê-las para sempre por meio de ataques de hackers e malware.

“Fazer backups criptografados de seus arquivos garantirá que você ainda possa acessá-los assim que a rede elétrica se recuperar.”

A maioria dos estados cria e monitora proteções de segurança cibernética para seus cidadãos, mas, como indivíduos, mais de nós precisam tomar medidas apropriadas para proteger nossos ativos digitais. Para aqueles de nós mais preocupados com a guerra cibernética, sempre faça backup de seus arquivos importantes em um disco rígido externo, mantenha uma reserva de dinheiro para emergências e altere suas senhas importantes regularmente.