Além disso, imagine que isso aconteceu quando seu país estava em crise. Foi isso que o povo sudanês experimentou há poucos dias.

O que aconteceu no Sudão?

Em 25 de outubro, os militares sudaneses assumiram o governo em um violento golpe militar. O general Abdel Fattah al-Burhan, líder militar do Sudão, derrubou o governo existente e deteve seus poucos membros importantes, incluindo o primeiro-ministro Abdalla Hamdok.

No mesmo dia após a turbulência, o Sudão acordou sem internet e acesso à rede móvel. A Internet caiu desde o início da manhã até o final da noite de 25 de outubro. A interrupção afetou todos os principais provedores de Internet.

A queda da Internet está ligada às manifestações pró-governo no Sudão. Os responsáveis ​​pelo golpe provavelmente o iniciaram para interromper o fluxo de informações sobre os eventos que estão ocorrendo no país. A tensão no Sudão está aumentando à medida que forças pró-militares estão bloqueando as estradas e o acesso a Cartum, sua capital.

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A situação atual lembra um trágico incidente com o golpe militar de 2019, iniciado pelo mesmo general. Na ocasião, o tráfego da Internet foi suspenso para evitar a conscientização global das ações violentas contra os manifestantes durante o massacre de Cartum.

Outros grandes desligamentos de internet

O desligamento da Internet é frequente em países com liberdade de expressão restrita durante eventos políticos turbulentos. Ajuda as autoridades a controlar o fluxo de informações e a suprimir a comunicação entre a oposição e os manifestantes. Aqui estão alguns outros casos semelhantes de desligamento da Internet:

Iran. O Irã é notório por paralisações de internet. O de 2019 durou uma semana. Foi um dos esforços do governo iraniano para suprimir os protestos de 2019 relacionados ao aumento dos preços dos combustíveis. Outro apagão importante ocorreu após as eleições de 2009 para suprimir o livre fluxo de informações, bem como a oposição que protestava;

Etiópia. O governo nacional controla a Internet na Etiópia. Consequentemente, eles usam a filtragem da Internet para bloquear conteúdo politicamente crítico e de oposição. Em 2019, o país fechou completamente a internet por quatro dias. Em 2020, as paralisações ocorreram novamente, uma delas com duração de cerca de duas semanas;

Uganda. No início de 2021, o governo de Uganda cortou a Internet do país na véspera de suas eleições presidenciais. Embora os oficiais afirmem que a paralisação foi para combater a desinformação, é amplamente assumido que a real intenção era restringir o livre fluxo de informações e silenciar a oposição;

Bielo-Rússia. Na esteira da eleição que muitos acreditam ter sido fraudada, as autoridades bielorrussas bloquearam as redes de comunicação e sites de notícias e até fecharam totalmente a Internet.

Como combater a censura

Aqui estão algumas dicas sobre como combater a censura:

Use uma VPN. Se você opera em áreas de alto risco, uma VPN pode ser muito útil. Ela ajuda a contornar a censura, criptografa seu tráfego e o protege de espionagem de terceiros. Mas certifique-se de usar um serviço premium que oferece proteção adequada e recursos de segurança adicionais, como Kill Switch, que desconecta sua rede caso a conexão VPN caia, e Servidores ofuscados , que escondem o fato de você usar uma VPN;

Use conexões via satélite. Uma conexão de Internet via satélite é independente de qualquer provedor local, portanto, você pode evitar o monitoramento. No entanto, é uma opção bastante cara;

Use serviços de comunicação criptografados . Certifique-se de que todos os serviços que você usa estão criptografados;

Sempre seja extremamente cuidadoso ao postar. Ao postar algo sensível, certifique-se de não divulgar nenhum de seus detalhes pessoais e geográficos. Além disso, sempre pense duas vezes antes de postar e certifique-se de que as ferramentas que você usa são realmente seguras.